54 – O trekking e suas variações

O Natrilha de hoje vai apresentar novas possibilidades para você conhecer e sentir a natureza. Vamos falar sobre Trekking.

Trekking, hiking ou caminhada no mato?

No episódio mais polêmico do Natrilha, a gente abre os caminhos das trilhas com nossos convidados afinal, você que quer saber…

Tempo médio de leitura: 5 minutos

“Trekking! Uma caminhada mais ou menos, penosa! ” É com esta afirmação que Renan abre a jornada deste episódio do Natrilha.  As divergências são muitas. Para quem gosta de mato, natureza, que também não recusa uma boa caminhada, prepare-se e ande rápido em direção à essa discussão.

Notavelmente, e não era por menos, as marcas que vendem os equipamentos para os aventureiros fazem bom proveito destes termos diferentes, visto que é um atrativo para agregar valor aos produtos e criar novas estratégias de marketing ao público alvo.

Até mesmo uma mochila para trekking, por exemplo, pode vir com alguns compartimentos a mais em função do conceito adotado, como citado no início e assim, impactar em seu preço. Você pode achar que será mais confortável ter um produto que atenda suas necessidades em uma caminhada um pouco mais longa ou de maior dificuldade e por isso opte por produtos com mais opções e, consequentemente, mais caros.

O que todos concordam, é que há a americanização das palavras. Será que não poderíamos criar nossos próprios termos a ficar o tempo todo adequando os termos americanos para representar aquilo que a desejamos fazer/dizer? Enfim… continuemos nossa caminhada.

 

Sozinho ou acompanhado?

 O Jeff do Blog Longa distância relata que é muito melhor caminhar sozinho que acompanhado. Isso proporciona momentos para uma boa reflexão no meio de uma trilha pois é maravilhoso estar em contato com a natureza sem ter nada e nem ninguém para desviar nossos pensamentos, um êxtase digno de nirvana. Paz!

Uma boa caminhada é muito eficaz, sobretudo para saúde mental e prova disto são os constantes estudos de conceituadas universidades, como a Universidade de Michigan, Universidade Glasgow e Universidade da Escola de Medicina de Exeter, na Inglaterra, que conseguem provar as vantagens de estar em contato com a natureza.

O investimento em atividades esportivas é um dos melhores investimentos possíveis, pois quando alguém compra um equipamento para fazer esporte em contato com a natureza, essa pessoa está se obrigando a melhorar sua qualidade de vida.

Quantas histórias, quantas experiências você pode adquirir enquanto cuida da sua saúde realizando atividades eco esportivas? Já parou para pensar nisso?

Claramente, acompanhado é possível relembrar boas histórias, através de relatos interessantes de situações que porventura vão vir a acontecer. Em algum momento, mesmo aquela pessoa que realmente gosta de trilhar seu caminho sozinha, pode sentir uma necessidade ou vontade de compartilhar uma boa caminhada.

O importante de verdade é que sozinho ou acompanhado, um bom trekking, um hiking, ou uma boa caminhada é muito vantajoso para quem quer desenvolver qualidade de vida.

Ouça o podcast para saber maiores detalhes sobre condicionamento, equipamentos, preparação mental e emocional, ritmo de caminhada, distância entre os participantes, planejamento de viagem, pesquisa, como alinhar com seu cronograma sobre novas trilhas que estão surgindo pelo Brasil.

“Nunca desista num dia ruim” − Dica do Jeff

 

Tênis ou bota?

Uma boa mochila, a barraca e um sistema para dormir, são itens indispensáveis para que você realmente faça uma boa trilha. Em relação ao calçado, “é claro que a bota é melhor, né gente?!”

Até mesmo o host Renan achou que não haveriam divergências, mas os convidados, que conhecem bem o dia a dia no meio do mato, mostraram que não é bem assim.

Alguns preferem a bota por ter maior aderência e possivelmente, em função da sua estrutura mais firme, bem mais segura. Com a bota, o esportista ou aventureiro pode se sentir mais seguro na hora de enfrentar solos irregulares. Um dos nossos convidados faz uma ilustração interessante: compara a bota a um trator, por sua resistência, segurança e aderência.

O tênis, por outro lado, tem benefícios que a bota não tem e neste caso, são mais leves, mais confortáveis e fáceis de retirar, pode poupar tempo na caminhada.

 

Bastão é fundamental

Com variados preços e tipos, os bastões são itens que vão te auxiliar muito na hora de colocar o pé na trilha e começar o seu trekking.

São equipamentos leves, fáceis de carregar e que vão agregar em muito no seu desempenho, usando 2 bastões você pode diminuir em até 35% o impacto nos joelhos e isso é muito significante quando se trata de saúde.

O Renan relata que fez a comparação e hoje não dispensa o item por perceber uma diferença muito grande entre usar e não usar o equipamento.

Neste ponto, todos concordam; o bastão é item é fundamental.

 

Refúgio e comida

Várias agências de turismo apostam em serviços com roteiro para a Tour du Mont Blanc, com uma média de dificuldade 4 (em uma escala de 1 a 5) e preveem caminhada de 11 dias e 10 noites neste percurso. O valor é de € 3.390,00, mas você não precisa ir tão longe assim.

Porém existem outras tantas trilhas maravilhosas aqui na nossa terrinha que vão deixar você surpreso, Eis alguns exemplos: Trekking do Vale do Pati (Chapada Diamentina), Travessia Petrópolis-Teresópolis (Petrópolis), Trekking do Rio do Boi (Aparados da Serra), Trilha do Ouro (Serra da Bocaina), Travessia da Ponta da Joatinga (Paraty), Pico das Agulhas Negras e Prateleiras (Parque Nacional do Itatiaia), Travessia dos Lençóis Maranhenses (Parque Nacional dps Lençóis Maranhenses), Trekking do descobrimento (Bahia), Travessia Cassino-Chuí (Chuí), Travessia Marins-Itaguaré (Serra da Mantiqueira) e muitas outras por aí.

E como fazer para se alimentar? Levo minha comida? Existem locais onde posso encontrar refúgio? O que fazer neste sentido?

Se você vai por conta própria ao Tour du Mont Blanc, por exemplo, existem refúgios com alimentação e estadia com preços em torno de € 50,00, onde você vai receber uma alimentação completa, além de estadia e café da manhã.

Mas não são todas as trilhas que oferecem esse tipo de serviço e em alguns momentos o que você pode encontrar é uma cabana vazia sem nenhum tipo de estrutura, necessário apenas se você precisar se esconder de algum infortúnio natural; uma tempestade ou algo do tipo.

De um modo geral, é importante fazer uma programação a fim de equilibrar o peso da comida que você vai levar, com a distância que você precisa percorrer até chegar em algum refúgio ou estrada, onde, aí sim, vai poder se reabastecer.

Levar a própria comida pode ser cansativo, mas é fundamental caso não encontre ou não haja previsão de refúgios na trilha que vai caminhar.

Castanhas, queijos, frutas, salame, chocolate e água, são alguns dos alimentos que você pode incluir na sua mochila de hiking, ou na sua mochila de trekking, ou na sua mochila de caminhada na trilha.

 

Como se “aliviar” no mato?

Nossa necessidade fisiológica de evacuação é vital, mas fazer isso no meio do mato? Como? Estamos tão mal habituados com o conforto da modernidade, nossas casas equipadas com banheiros limpinhos e quentinhos e daí vem essa bomba na hora do nosso trekking. E agora? O que fazer?

É necessário lembrar disto antes de sair para sua trilha e a recomendação é que você leve papel higiênico na sua mochila e dependendo de quantos dias for trilhar, pode ser que alguns lenços umedecidos possam ser úteis também.

No caso do papel, não é tão danoso ao meio ambiente, mas se você optar pelo lenço umedecido, coloque em um saquinho e traga-o com você. Um lencinho desses, demora séculos para se desintegrar e a gente sabe a importância da preservação da vida e da biodiversidade.

A conclusão é que não existe muito segredo e se a vontade vier, acomode-se em algum local que julgar mais adequado e pronto! Está feito.

Seja educado, carregue consigo uma pazinha e enterrar suas fezes para evitar a proliferação de doenças, aliás, todo cuidado e colaboração são úteis. E permita-se conhecer o “shit-tube”. Em breve falaremos sobre isso em nossos episódios.

Instagram

A gente vai parar os spoilers sobre o nosso podcast, deixando o convite para que você clique agora no botão lá em cima e ouça esse episódio que está muito legal que ainda temos muita história para contar.

E pra você que nos acompanhou até aqui, saiba que existe uma grande equipe por trás de toda nossa produção e que capricha para deixar tudo em ordem para que você possa aproveitar ao máximo todas as dicas sobres esportes outdoor.

Então vai lá no Instagram e deixa um recado bem legal que a gente vai ficar muito feliz. Ah… a gente adora receber fotos de pessoas fazendo alguma atividade ao ar livre, então mande pra gente por e-mail. Estamos esperando o seu contato.

Para pular a seção de leitura de e-mails e comentários, pule para 10 minutos e 45 segundos.


Participantes do programa de hoje:

  • Renan Alves
  • Rafael Pelissari
  • Redi Siqueira
  • Elias Luiz – Portal Extremos
  • Jefferson – Blog Longa Distância

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– INSTRUTORES: Vitório Paulino Silvestre.


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Edição: Alexandre Gomes “Senhor A” e Renan Alves.